28 dezembro, 2007
25 dezembro, 2007
lista de esquecimentos, I
uma vez eu achei que tinha ouvido a música mais bonita do mundo no rádio. acho que era do george harrison. lembrei de prestar muita atenção quando o locutor falou, mas depois esqueci o nome
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lista de esquecimentos, II
uma vez sonhei com o poema mais bonito do mundo, mas acordei e esqueci as palavras.
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volta (to be continued and revised)
cinco horas e meia depois mesma quinta-feira qualquer saio da escola ando um quarteirão até o ponto mais próximo onde me ponho a esperar o ônibus da mesma linha que me trouxe na ida. seis minutos depois o aluno hideki calça jeans camisa azul identificação em letras brancas próxima ao ombro direito vindo da mesma escola de onde acabo de sair chega ao mesmo ponto e se põe a esperar um ônibus assim como outras tantas pessoas e são muitas a essa hora. descubro oito minutos mais tarde ser o mesmo que estou eu a esperar pois quando o lotação finalmente aparece o aluno hideki olhos vagamente a confirmar seu sobrenome japonês esboça um movimento de aproximação do meio-fio mas pensando bem decide esperar ainda um pouco mais pois a julgar pela demora pelo horário e pela quantidade de gente que já está a encher o carro o ônibus possivelmente se atrasou e logo logo chegará outro em condições mais apropriadas de acomodação. estou de acordo com o aluno hideki de forma que também decido esperar pelo próximo uma vez que agora estou indo para casa e não há perigo de atraso já que em casa não tenho livro de controle de presença a ser assinado pontualmente a uma hora qualquer pois com o descanso não há compromisso. subo no ônibus atrás de algumas pessoas e do aluno hideki que se senta na penúltima cadeira vaga restando uma última por acaso ao lado dele que é por acaso ocupada por mim. mais algumas pessoas entram e eu reparo mas não sei se o aluno hideki também observa que dois ou três minutos entre o primeiro ônibus e este outro foram suficientes para que muitos passageiros chegassem e mais um carro já está a circular quase lotado no próximo ponto já haverá gente a cair pelas janelas. mal toma o seu assento e o aluno hideki já está a procurar em sua mochila a apostila escolar que abre na parte de história após a guerra das duas rosas (1455-85) a dinastia tudor ascende ao trono inglês lê o aluno hideki preocupado em não perder um segundo de seu precioso tempo na batalha do vestibular como foi instruído a fazer. dois senhores e essa palavra aqui quer denotar simplesmente que eles me são desconhecidos mas não que são propriamente senhores embora um deles tenha os cabelos grisalhos param à minha frente e do aluno hideki que não lhes põe atenção específica apesar de às vezes erguer a cabeça numa distração indesejada porque sabe que deve manter-se atento ao livro e à sua batalha. o homem de cabelos grisalhos carrega uma maleta aparentemente pesada numa das mãos e segura a barra de ferro com a outra enquanto se volta para seu amigo que é quem estou a julgar que o outro seja porque desconheço ambos e posso apenas supor alguma relação entre eles e começa ou continua a falar do filho. o homem grisalho adoraria que seu filho tomasse rumo na vida começasse a trabalhar ou decidisse de vez seguir o estudo no que era apoiado pelo amigo
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12 dezembro, 2007
08 dezembro, 2007
'cause i'm leaving on a jet plane
overwhelming
no meio da tarde, as imagens ainda me assaltam, mesmo os sons e as sensações.
o verde, roxo e branco dos trophy cups, a sliding door sliding open, the restaurant soundtrack, flashes dos programas de tv na break room, a mão de luva abrindo a maçaneta redonda prateada, a cama embutida na parede, os pneus do tribal transit parando na brita solta, my hiking boots sinking in the snow, the tick-tick of my twisting the combination lock everyday, woody's old cassette in the kitchen, o choque térmico ao entrar em casa, the computer keyboards in the library, jeremy's laugh, "wonderful auburn hair"- as kay pronounced it, o silêncio numa língua estrangeira
mas
o cheiro do ar doce e artificial das salas muito fechadas - os carpetes
o cheiro das prateleiras claras do food lyon
o cheiro de abrir o saco de tip out para contar o dinheiro
o cheiro de abrir uma revista people enquanto espero na lavanderia
o cheiro de ter um único livro para ler na cabeceira da cama
o cheiro de esse livro ter "flor" no título
the smell of receiving letters from overseas
o cheiro imaginado de casa
e os cheiros são o que me falta para estar lá
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05 dezembro, 2007
gentileza urbana...
... é não falar palavrão dentro do ônibus
- francamente, vai tomar no cu
Postado por c. às 11:27 0 passo(s) em volta
16 novembro, 2007
12 setembro, 2007
16 agosto, 2007
31 julho, 2007
30 julho, 2007
23 julho, 2007
para me distrair do tempo
que falta até algum dia de setembro de 2008, vou praticando minhas boas maneiras britânicas: agora só atravesso na faixa de segurança, com o sinal fechado
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11 julho, 2007
y los hermanos avanzan...
http://minhanoticia.ig.com.br/materias/443001-443500/443212/443212_1.html
mientras nosotros...
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09 julho, 2007
devo admitir que
meu amor
cartas e portuguesas
era uma vez
algodão doce
a dor de cotovelo já me deu pequenas boas coisas
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05 julho, 2007
29 junho, 2007
comida
- seu prato é sempre tão bonito...
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24 junho, 2007
you're asking me will my love grow
i don't know i don't know
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23 junho, 2007
do fragmento 389 do livro do desassossego
Condillac começa o seu livro celebre, “Por mais alto que subamos e mais baixo que desçamos, nunca sahimos das nossas sensações”. Nunca desembarcamos de nós. Nunca chegamos a outrem, senão outrando-nos pela imaginação sensível de nós mesmos. (...) Quem cruzou todos os mares cruzou somente a monotonia de si mesmo.
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08 junho, 2007
message in a bottle II
e não adiantava, seu modo de ser seria sempre um suspiro
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07 junho, 2007
03 junho, 2007
02 junho, 2007
message in a bottle
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31 maio, 2007
20 maio, 2007
porque a vida é assim II
seu amor morre e você não pode fazer nada
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seqüência
Não abriram ainda as lojas, salvas as leitarias e os cafés, mas o repouso não é de torpor, como o de domingo; é de repouso apenas. Um vestigio louro antecede-se no ar que se revela, e o azul córa pallidamente atravez da bruma que se esfina. O começo do movimento rareia pelas ruas, destaca-se a separação dos peões, e nas poucas janellas abertas, altas, madrugam tambem apparecimentos. Os electricos traçam a meio-ar o seu vinco mobil amarello e numerado. E, de minuto a minuto, sensivelmente, as ruas desdesertam-se.
(do fragmento 87 do Livro do desassossego)
Louvor e simplificação de Álvaro de Campos (excerto)
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25 março, 2007
again and again
porque há mto tempo um poema não me encantava desta forma à primeira vista:
http://www.triplov.com/poesia/jorge_de_sena/cathedrale_engloutie/index.htm
Postado por c. às 12:48 0 passo(s) em volta
28 janeiro, 2007
é tudo verdade
Cariocas
cariocas são bacanas
cariocas são sacanas
cariocas são dourados
cariocas são modernos
cariocas são espertos
cariocas são diretos
cariocas não gostam de dias nublados
cariocas nascem bambas
cariocas nascem craques
cariocas têm sotaque
cariocas são alegres
cariocas são atentos
cariocas são tão sexys
cariocas são tão claros
cariocas não gostam de sinal fechado...
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15 janeiro, 2007
porque a vida é assim
seu passarinho morre e você não pode fazer nada
Postado por c. às 19:05 1 passo(s) em volta