17 dezembro, 2006
17 agosto, 2006
01 junho, 2006
há no fundo do rio
um círculo de pedra
tuas mãos estão à margem
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29 maio, 2006
afinal, é como diz aquele slogan
as postagens escasseiam, mas não desisti
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12 maio, 2006
ida
o aluno alexandre neto calça azul camisa branca identificação próxima ao ombro direito entra no ônibus dois pontos depois do meu às 13:03h horário local da roleta que difere do meu em alguns minutos e me é mais favorável. o aluno alexandre neto quer atravessar logo a roleta a separar o espaço reservado a idosos gestantes deficientes pessoas com crianças de colo do espaço destinado a ele e a mim conforme foi instruído a fazer mas obstruo a passagem assim como sou obstruída por alguém que é obstruído por muitos outros a esta altura do itinerário. o aluno alexandre neto se espreme entre os obstáculos e passa ao outro lado da roleta com sua mochila seu relógio de pulso talvez a marcar 13:10h. ele vai o mais longe que pode dentro do ônibus de forma a não obstruir passagens conforme foi instruído a fazer. nove minutos depois atravesso a roleta muita gente desce e sobe aparentemente em igual quantidade movimento que me permite achar um assento vago ao lado do aluno alexandre neto nesse momento a olhar seu telefone celular cujo relógio única informação estampada no display mostra 13:24h horário substancialmente diferente das 13:20h que marca seu relógio de pulso e me desfavorece tremendamente. o aluno alexandre neto vê uma senhora que não será ainda muito idosa afinal teve de pagar a passagem mas assim mesmo terá idade para merecer suas deferências uma vez que o aluno alexandre neto como foi instruído a fazer oferece-lhe o assento que ela gentilmente recusa por estar a descer no próximo ponto. tranqüilizado o aluno alexandre neto volta-se para a mochila e o celular que estava a olhar e agora guarda após o quê distrai-se por um momento olhando a praça que já foi cartão postal. quando volta sua atenção para o corredor do ônibus dois minutos depois há outra senhora não tão idosa porém digna das deferências que foi instruído a fazer o que o obriga a oferecer novamento o assento e ele já está mesmo a levantar-se com sua mochila mas o ônibus está tão cheio que é difícil a movimentação das pessoas no corredor para lhe ceder passagem e quando por fim ele está a conseguir outro assento já foi desocupado e a senhora não tão idosa já se está a instalar ali. o aluno alexandre neto volta ao seu lugar a esperar a próxima oportunidade e eu a pensar nas horas que não perdem tempo em me atrasar assim como o ônibus mas poucos minutos depois e menos do que eu supunha esperar já estou a descer no ponto da esquina da escola e a assinar o livro de controle de presença dos estagiários antes que o relógio digital na parede à minha direita marque as fatais 13:30h.
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11 maio, 2006
05 maio, 2006
ela disse
- eu gosto de ler gramática como se fosse romance.
bem que me avisaram: se você imaginar uma pessoa que só se veste de vermelho e se alimenta de alface roxa com azeite, essa pessoa existe.
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26 abril, 2006
lista de ancestrais
(a propósito de boiar olhando o céu)
o chão
o mar
o tambor
a noite
pó
lava
fumaça
o sal
o peso
ossos
placastectônicas
o calor
areia
a voz
o grito
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17 março, 2006
08 março, 2006
mudo convite
sim, atira-me pedras,
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05 março, 2006
02 março, 2006
housewife
Some women marry houses.
It’s another kind of skin; it has a heart,
a mouth, a liver and bowel movements.
The walls are permanent and pink.
See how she sits on her knees all day,
faithfully washing herself down.
Men enter by force, drawn back like Jonah
into their fleshy mothers.
A woman is her mother.
That’s the main thing.
Algumas mulheres desposam casas.
É um outro tipo de pele; tem um coração,
uma boca, um fígado e movimentos peristálticos.
As paredes são duradouras e cor-de-rosa.
Veja como ela se senta sobre os joelhos o dia inteiro,
lavando-se minuciosamente.
Os homens entram à força, sugados como Jonas
pra dentro de suas polpudas mães.
Uma mulher é sua mãe.
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18 fevereiro, 2006
pedra papel tesoura
você dizia pára, eu me sinto apedrejada, mas as bolinhas de papel eram só meus dedos.
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14 fevereiro, 2006
e o mais importante
- como criticar paulo coelho sem discutir gosto?
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12 fevereiro, 2006
gosto não se discute (?)
e por falar em dito popular, lembrei outro deste naipe: religião, política e futebol não se discutem. e me vieram as (fa)tais perguntas:
- futebol é gosto, mas será que gosto é religião?
- política é gosto ou gosto é política?
- charge de maomé é mau gosto ou é política?
- maomé pode ser discutido? e a santa, pode ser chutada?
- e funk, pode ser execrado sem ser discutido?
- e discutir é sinônimo de julgar? e discordar, será?
- expor um gosto ou uma opinião já é discussão?
- discordar de um gosto é discussão?
- e o gosto de discutir, é discutível?
- e a discussão, é saudável?
- e a supressão da discussão, quando é saudável?
- entre judeus e muçulmanos há discussão?
- e a provocação, é discussão?
- e o rock and roll, é provocação? ou virou religião?
mas ainda bem que dito popular a gente pode discutir.
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09 fevereiro, 2006
02 fevereiro, 2006
26 janeiro, 2006
devo merecer
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11 janeiro, 2006
coca-cola é isso aí
Hoje fui ao dentista.
Quando era criança, não tinha medo de altura, de avião, de me cortar lavando o liquidificador, de pular bem do alto, de escorregar no corrimão, de tomar choque, de raio, relâmpago, trovão e muito menos de dentista. Hoje tudo me assusta, dá vertigem, aflição ou gastura.
Acho que é porque sou muito resistente à anestesia.
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06 janeiro, 2006
trocadilho infante pra ser lido com acento lusitano
kafkar é o contrário de lair, ribeiro.
uma singela nossa homenagem à mestra.
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